sexta-feira, 25 de setembro de 2009

«Sintra atribui 'interesse municipal' à Cidade do Cinema»

Texto enviado ontem para o DN (e não publicado): "A Câmara Municipal de Sintra atribuiu ontem a classificação de “interesse municipal” ao projecto da Cidade do Cinema, um empreendimento que o Grupo Media Capital pretende implantar no concelho. No entanto, a proposta apenas obteve os votos favoráveis dos vereadores da Coligação Mais Sintra (PSD, CDS, MPT e PPM), tendo a CDU votado contra e o PS optado por faltar à reunião.
Segundo o documento apresentado pelo presidente Fernando Seara, esta classificação foi solicitada pela própria Comissão de Avaliação e Acompanhamento dos Projectos de Interesse Nacional (PIN) que “faz depender a eventual da classificação PIN” da anterior “apreciação formalmente expressa da Câmara sobre o interesse municipal do projecto”.
A decisão municipal segue-se à assinatura de um protocolo de intenções com a empresa, em Novembro de 2008, onde está expressa a vontade da Media Capital instalar 12 estúdios de produção de grandes dimensões, com ligação às áreas da pós-produção áudio e vídeo, assim como seis cidades cenográficas. O projecto pondera igualmente a deslocalização dos estúdios da TVI para Sintra.
No entanto, este acordo tem encontrado algumas críticas da oposição, nomeadamente da CDU e do PS. Segundo o vereador Baptista Alves, “apesar de considerar um projecto importante para Sintra, a CDU votou contra devido à localização proposta, que abrange reserva agrícola e ecológica, e também porque o projecto aparece associado a uma operação imobiliária, cujos contornos se desconhecem, mas que irão aumentar a betonização do concelho”.
De facto, a Cidade do Cinema, que a autarquia agora chama de Cidade da Imagem, deverá ocupar apenas 50 hectares de um terreno com 200 hectares, cuja área restante deverá receber um empreendimento ainda sujeito a Plano de Urbanização. Entretanto, devido à época pré-eleitoral, os quatro vereadores socialista recusaram comparecer na reunião de Câmara privada e criticaram a “forma apressada” como surge a proposta. “Faz todo o sentido que um investimento desta relevância seja objecto de ponderação pelo executivo que sair das próximas eleições autárquicas”, defende o PS."

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