Talvez por distracção, só agora tropecei em dois
posts do '
Assim mesmo' sobre textos meus. São ambos relacionados com prosas sobre o caso Isaltino. O
primeiro pede-me 'calma' nas transcrições e o
segundo pede-me para não 'espanholizar'... Obrigado pelas dicas! Pode ser que um dia os jornais voltem a ter gente disponível para topar esses lapsos.
2 comentários:
(1) 2.4.09
Preposições «de» e «desde»
Não espanholize, Luís
«Até agora o colectivo de juízas de Oeiras ouviu sete testemunhos, um dos quais por vídeo conferência desde o Tribunal de Ansião, concelho onde viveu a sogra do arguido» («Isaltino satisfeito com testemunhas», Luís Galrão, Diário de Notícias, 1.04.2009, p. 9). Talvez pudéssemos, com alguma prestidigitação, subentender ali um «até», mas é mais correcto dizer e escrever «de»: «do Tribunal de Ansião». Os repórteres desportivos é que gostam de transmitir «desde o Estádio Municipal de Braga, a Pedreira», «desde o Estádio da Luz, a Catedral», «desde o Estádio Algarve, em Faro», e por aí fora. Vão para Espanha falar assim, se fazem favor.
http://letratura.blogspot.pt/2009/04/preposicoes-de-e-desde.html
(2) 1.4.09
Transcrição da fala
Calma lá
«Na tentativa de dar um exemplo, Isaltino começa a explicar um negócio passado na década de 70, mas dá a entender uma fuga ao fisco. “O soutôr gosta de confessar crimes prescritos”, comenta o procurador» («Notas no bolso e crimes prescritos na mira do MP», Luís Galrão, Diário de Notícias, 28.03.2009, p. 12). Pode dar uma nota de graça ao texto fazer aquela transcrição da fala, mas é um caminho potencialmente perigoso. Imagine-se agora que o repórter tinha um ataque de fidelidade semelhante quando ouvisse, por exemplo, o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, com a sua pronunciadíssima pronúncia regional com todas as sibilantes a transformarem-se em chiantes.
http://letratura.blogspot.pt/2009/04/transcricao-da-fala.html
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